sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Don't left me .

Sinto uma rosa cheia de espinhos cravada no coração que fá-lo verter lágrimas de sangue a cada vez que penso em ti. Tento decifrar tudo aquilo que me assombra, um arrepio percorre-me o corpo, e depressa me apercebo que o medo que me devora a alma acabara também por se espalhar por todo o meu corpo, o frio instala-se, dou por mim sentada no chão, com os braços a abraçarem-me as pernas, e as lágrimas decidem brotar, escorrem-me pelo rosto de uma forma avassaladora e com elas levam toda a esperança, todos os sonhos, e acabam por me levar também a alma, a alma que eu julgava que me pertencia, mas que na realidade pertence àquele que me desfez o coração em mil pedaços e que criou dentro dele aquela ilusão de que tudo era perfeito, aquela ilusão que durante algum tempo me pareceu tão real. Porque continuas a tratar-me desta maneira? As tuas palavras estão marcadas pela indiferença, se soubesses o quanto isso me magoa, choro a cada palavra tua, choro de uma forma descontrolada porque foi o único caminho que encontrei para me libertar de toda esta dor, em cada lágrima derramada estão presentes todas as discussões e todas as palavras que me dizes, 
mas que no fundo ainda continuo a achar que não são verdadeiramente sentidas. Só peço que me libertes, liberta-me de toda esta dor, não é preciso muito, basta que digas que me amas como sempre me amas-te, mas não existe silencio mais profundo senão o teu, sinto-me invisível, invisível à tua pessoa. O meu coração bate descontroladamente. O ar quer sufocar-me. O corpo esta completamente paralisado. E tu? Onde estás tu? Onde está aquele rapaz doce e meigo? Quero que me digas o porque disto tudo, quero que não me deixes assim, sem uma explicação que faça o mínimo sentido. Deixa pelo menos o meu coração respirar, ao pelo menos deixa que ele sinta a dor dura e crua de uma vez só e não o deixes sofrer assim tão lentamente com esse teu silencio. Será que isto tudo é só para me fazeres sofrer com o objectivo de eu me aperceber do quanto te amo? Será que no fim disto tudo vais-me dizer para ir embora e nunca mais voltar? E quando eu virar as costas com as lágrimas a caírem, vais correr atrás de mim, abraçando-me como nunca me abraças-te, apertando-me contra ti e beijando-me de uma forma louca e apaixonada e depois vais olhar-me nos olhos com esse teu olhar doce e meigo e dizer-me, não por palavras, mas sim num silencio tão profundo, mas ao mesmo tempo tão sincero o quanto me queres? Será que é isso que tu pretendes? Não, não me posso iludir. Dou por mim, ainda sentada no chão, imóvel, reparando que a cada segundo que passa, mais perdida me sinto. Levo as mãos à cara, na esperança que elas me sirvam de lenços para este choro sufocante, as lágrimas escapam-me por entre os dedos, começando a surgir ali, no chão, um amontoado de lágrimas. De repente oiço uns passos, ergo a cabeça na esperança de te ver a aproximares-te, mas mais uma vez iludi-me, não és tu, mas sim uma esperança que me quer erguer, que me quer fazer acreditar que não me irás deixar. De que me serve dar sem pudor tudo aquilo sou? Porque é que ainda me dedico a alguém de uma forma tão intensa e ainda penso que vou receber a mesma dedicação? Depois de todas as quedas que dei, ainda não aprendi que quando nos dedicamos a 100% a uma pessoa acabamos sempre por nos magoar de alguma forma. Neste mesmo instante, quero fugir daqui, atravessar todos os perigos da noite e ir ao teu encontro, quero refugiar-me nos teus braços e quero que de mãos dadas, me faças sorrir novamente, eu sei que juntos somos capazes. Dá-me a mão. Vamos enfrentar o mundo juntos e voltar a ser felizes.



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